segunda-feira, 30 de maio de 2011

A Cura pelo bicho

Não há quem não abra um largo sorriso ao ver filhotes de cães ou gatos fazendo gracinhas, ou não se sinta super bem ao cavalgar, ou até mesmo a observar o comportamento animal. E os benefícios desse tipo de relacionamento são realmente muito melhor do que imaginávamos. Como mostra a reportagem que encontrei da revista Época, achei muito interessante e espero que vocês também gostem.


Terapia com animais ajuda e enfrentar algumas doenças, como depressão e paralisia cerebral


Ter um bichinho de estimação pode não ser apenas uma questão de lazer ou companhia. A medicina descobriu que eles também podem ser benéficos para a saúde.
É cada vez mais comum médicos receitarem um animal para tratar casos de depressão, por exemplo. Estudo do American Journal of Cardiology mostra que pessoas que interagem com animais constantemente tendem a apresentar níveis controlados de estresse e de pressão arterial, além de estar menos propensos a desenvolver problemas cardíacos.
Gatos, cachorros, coelhos, cavalos, golfinhos e até macacos podem ajudar - emprestando o corpo aos que estão em fase de reabilitação, os olhos as que não vêem e o companheirismo aos enfermos. "Eles conseguem equilibrar as emoções e, em alguns casos, restabelecer as funções do organismo", explica Annelori Fuchs, psicóloga e veterinária. Ela lidera um grupo de voluntários que leva cães e gatos adestrados a hospitais e casas de apoio de crianças. "A presença do animal atrai a atenção da criança e causa bem-estar", conta Annelori.
As terapias que usam bichos já se contam às dezenas. A equoterapia usa cavalos para reabilitar pacientes com esclerose múltipla, paralisia cerebral e síndrome de Down, trabalhando o equilíbrio e a concentração. Animais aquáticos, como golfinhos e orcas, são utilizados para trazer crianças autistas para a realidade e ajuda depressivos a recuperar a alegria de viver. Até tetraplégicos já conseguem Ter uma vida mais autônoma com a ajuda de macacos-prego treinados para buscar objetos e acionar botões.
O economista Felipe Fenuccio, de 24 anos, venceu a depressão com a ajuda de Petit, um vira-lata de 4 anos que desde janeiro mora com ele no apartamento. "Ele é ótimo, entende que as vezes não estou bem e nem por isso me abandona", revela. A secretária Vanuza Monteiro, de 37, também usou a zooterapia. Hipocondríaca, ela chegava a ingerir 15 cápsulas de remédio num único dia. Seu médico receitou Dulce, uma coelha cinza que tem problemas de locomoção. "Ela não desiste de voltar a andar e aos poucos vem avançando. A força dela é também minha inspiração", diz Vanuza, esperançosa.
A experiência com cães na prisão feminina de Purdy, Estados Unidos, vem sendo copiada em mais de 50 penitenciárias do mundo. O projeto era ocupar a detentas com o adestramento de cachorros. O resultado foi surpreendente. Os animais saíram preparados e as mulheres não voltaram a cometer crimes depois de soltas.
Fonte: texto por Luciana Vicária, extraído da Revista Época, edição No. 272, página 91

Nenhum comentário:

Postar um comentário